Infelizmente, ainda vemos igrejas tratando os problemas do ministério de música de forma errada (às vezes são excessivamente liberais, às vezes excessivamente rígidos), trazendo conseqüências desastrosas às pessoas envolvidas. Histórias envolvendo líderes e liderados descontentes uns com os outros não são difíceis de se encontrar. O primeiro tópico que quero tratar (a seguir) é o problema da disciplina rígida e a liberal, antes de tratar de bons conselhos concernentes à exortação e aconselhamento. Bem, vamos adiante!
A disciplina rígida
Alguns grupos cometem o erro de disciplinar (julgar ou exortar) os seus membros de forma tão rígida que esta atitude acaba, em alguns casos, se tornando uma grande injustiça. É triste ver que alguns líderes e pastores têm tratado os seus músicos como se eles fossem inimigos da igreja, esperando ansiosamente para castiga-los, humilha-los, para dizer que são preguiçosos, que não possuem musicalidade, etc. Muitos ainda os comparam com os músicos de outras igrejas, rebaixando os seus e exaltando os outros. Depois reclamam que Deus não envia músicos para a sua comunidade. A verdade é que o líder deve saber agir com amor, paciência e com alguma rigidez, dependendo do caso, mas sempre sabendo controlar os seus sentimentos. Sabemos que os músicos são pessoas difíceis de lidar, e às vezes leva tempo para que eles tenham uma visão madura. Com certeza, a falta de flexibilidade pode trazer várias conseqüências desagradáveis ao grupo de louvor.
A disciplina liberal
Certamente a bagunça não é algo que Deus tem prazer em ver dentro de sua casa. É necessário também tocar no assunto da santidade. É com pesar no coração que vemos igrejas permitindo que seus músicos vivam e continuem a viver no pecado. Amiúde encontramos instrumentistas e cantores cristãos vivendo em adultério, em vícios, envolvidos em contendas, fofocas, etc. Ou músicos que não se dedicam, que não têm compromisso com Deus, etc. Nos espantamos ao ver algumas pessoas se defenderem dizendo: Todos são pecadores! É verdade que todos somos pecadores, mas devemos buscar a santidade dia após dia, fugindo do pecado. De outra forma, não seremos sal da terra, luz para o mundo, e não também não poderemos ministrar na casa de Deus!
Como disciplinar
O primeiro ponto a se olhar no que se concerne à disciplina, é cuidar para não ser liberal ou rígido demais. Sabemos que sem santidade, uma pessoa não deve nem subir no púlpito para servir.
Costumo pensar que muitos dos problemas existentes nos grupos de louvor de hoje, poderão ser resolvidos na conversa, sem exigir medidas drásticas.
Outra questão a ser tratada é a da preguiça espiritual ou musical. Quase todas as igrejas enfrentam o problema do instrumentista ou cantor que não se dedica à obra em que foi chamado, ou não é compromissado com Deus e o grupo. Nestes casos, os líderes devem ter paciência para ensiná-lo e deixar claro que dali para frente haverá uma maior cobrança no que se refere à dedicação e esforço pessoais.
Conclusão
Amados, sei que cada caso é diferente do outro. Situações e pessoas diferentes são envolvidas em cada um deles, mas é bom ter cuidado para não haver rigidez ou liberdade em excesso. Por fim, digo que a atitude mais importante e óbvia a se fazer, é pedir direção de Deus para cada situação. Creio que Deus revolverá cada problema e colocará no coração do líder as palavras certas para a exortação, o aconselhamento ou à disciplina de um músico! Lembre-se sempre: Deus é quem está no controle!
Texto Extraido da Ministração do Músico Ramon Tessman